Como realizar uma oficina de Design Thinking
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Pense no último problema que você tentou solucionar ou a última ideia que tentou executar e entregar. O que você fez para encontrar a solução ou implementar o conceito? Talvez você tenha confiado nos seus instintos ou tenha feito suposições sobre o que geraria o melhor resultado ou produto? É uma abordagem justa. Mas, antes de tudo, pergunte-se: você dedicou o tempo necessário para pensar sobre o motivo de o problema sequer existir? Você estudou as diversas formas através das quais um usuário final poderia interagir com sua ideia?
Se a resposta for não, você provavelmente não está familiarizado com o conceito de Design Thinking — uma abordagem colaborativa comprovada para solucionar problemas cotidianos e organizacionais. Pesquisas feitas pelo Design Management Institute mostram que organizações que implementam estratégias baseadas em design superaram o Índice S&P em 219% ao longo de 10 anos.
Bom, como incorporar um pensamento colaborativo de design em sua organização? Uma oficina de Design Thinking pode ajudá-lo a apresentar todo o processo à sua equipe e incentivar a energia criativa necessária para solucionar problemas.
O que é Design Thinking?
De tempos em tempos, surge uma nova maneira de pensar ou abordar o trabalho, gerando enormes melhorias na forma como ele é feito. Conheça o Design Thinking, uma abordagem estruturada para solucionar problemas e incentivar as pessoas a se libertarem de tendências contraproducentes que impedem a inovação criativa. À propósito, o Design Thinking não é voltado apenas para designers ou criadores.
O Design Thinking prioriza as necessidades do usuário. Com o usuário sempre em mente, a ideia é questionar suposições, redefinir problemas e encontrar soluções que podem não estar evidentes. É uma maneira de pensar e também uma forma prática de se trabalhar. Vamos analisar os detalhes de cada fase do processo.
As cinco fases do Design Thinking
O processo de Design Thinking tem algumas variedades, e cada uma exerce um determinado foco nas necessidades do usuário. As seguintes fases fazem parte do modelo de cinco fases criado pelo Instituto de Design Hasso-Plattner, em Stanford, também conhecido como d.school. Esse processo não é necessariamente linear, pois cada fase pode gerar uma abordagem única e criativa para a resolução do problema.
Empatizar
Uma coisa é reconhecer que existe um problema, outra é se colocar no lugar de quem o problema afeta. O Design Thinking busca entender as pessoas para as quais você está criando, e desenvolver empatia com o usuário em questão. O resultado é uma solução ou um produto que atende as pessoas às quais você está direcionando as soluções ou criações.
Defina
Qual é o problema que você está tentando solucionar? Por que esse problema existe? Como as pessoas experienciam esse problema? Como ele pode ser solucionado? Depois de identificar o problema e compreendê-lo a partir da perspectiva do usuário, você pode estabelecer algumas diretrizes e definir os próximos passos com mais clareza.
Gere ideias
Depois de definir o problema, uma solução clara poderá se apresentar imediatamente. Embora seja tentador optar por soluções óbvias, nem sempre elas são as mais eficazes. Busque colaborar com os outros para questionar suas suposições sobre como o problema deverá ser abordado. Se, após esse processo, descobrir que sua conclusão inicial é a melhor solução... ótimo. No entanto, dedicar um tempo para ponderar e pensar criativamente pode ajudá-lo a desenvolver ideias mais práticas, ou até mesmo conceitos revolucionários.
Protótipo
A única maneira de saber se você encontrou a resposta certa é testar sua hipótese. Faça esboços, prototipagens e construções. Ao desenvolver a ideia, talvez seja necessário rever alguns passos anteriores. E tudo bem. Confie no processo e seja flexível.
Faça testes
Uma abordagem focada primeiro no desenvolvimento e depois no questionamento não é a mais adequada para solucionar problemas. Por exemplo, incorporar diversos pontos de vista desde o início pode inicialmente deixar os processos mais lentos, mas, no final das contas, resultará em produtos mais envolventes. No entanto, a única maneira de agregar valor real aos produtos que você desenvolve é testar as ideias, e depois aprimorá-las.
Os benefícios da oficina de Design Thinking
Seja você um designer ou não, incorporar Design Thinking no seu processo de resolução de problemas pode ajudá-lo a fornecer soluções viáveis e centradas no usuário, acelerando a entrada no mercado, melhorando a retenção de clientes, reduzindo custos e aumentando o ROI. Além desses benefícios táticos e baseados em métricas, uma abordagem de Design Thinking pode ter um impacto cultural positivo em sua organização.
Crie uma cultura criativa que busca solucionar problemas
Saber solucionar problemas é uma habilidade essencial, tanto no trabalho quanto na vida cotidiana. Uma abordagem de Design Thinking pode ajudar sua equipe a desenvolver essas habilidades e aplicá-las a qualquer tipo de desafio.
Transforme o fracasso inicial em uma conquista futura
Como a abordagem de Design Thinking é naturalmente flexível e iterativa, ela permite falhas rápidas e aprendizagens. Consequentemente, você não cairá na armadilha de concluir uma ideia mal formulada e vê-la fracassar devido a um ponto cego ou barreira inesperada.
Incentive a inovação e o trabalho em equipe
A própria natureza do Design Thinking incentiva a colaboração e o pensamento fora da caixa. O processo possibilita que todos, independentemente do cargo, apresentem ideias novas e prontas para serem implementadas, eliminando o pensamento de grupo e incentivando a inovação.
Crie vantagens competitivas
A oficina de Design Thinking pode proporcionar ideias ou soluções inovadoras que geram vantagens competitivas para a sua organização.
Como realizar uma oficina de Design Thinking
Agora que já falamos de "quem", "o que", "onde" e "por que" do Design Thinking, vamos falar sobre "como". Qual é a maneira mais eficiente de realizar uma oficina de Design Thinking? Veja algumas dicas básicas.
Defina objetivos
Que resultado você quer obter da oficina? Defina e apresente claramente os resultados que você busca obter para a reunião antes de marcá-la no calendário de todos os participantes.
Determine e dimensione o problema
E seja específico. Um objetivo ambicioso de reformular a cultura da empresa, por exemplo, pode parecer um projeto interessante, mas se sua dimensão for muito ampla, você terá dificuldades para concluir metas práticas e plausíveis.
Crie um cronograma
A maneira mais rápida de arruinar uma reunião ou oficina é não conseguir definir um cronograma. Defina um resumo ou agenda para a oficina e inclua-o no convite, ajudando os participantes a terem tempo para se prepararem para cada aspecto da reunião. Assim como sua abordagem ao Design Thinking, o cronograma deve ser flexível, no entanto, é importante ter metas claras e acessíveis para manter o bom funcionamento da oficina.
Traga e compartilhe todos os materiais necessários
Antes da reunião, compartilhe todos os contextos e informações relevantes. E os materiais utilizados não precisam ser nada rebuscados. Você se lembra da sua época de escola? Pois bem, use post-its coloridos, fita adesiva, marcadores e copos de plástico para ter uma reunião divertida e criativa. Se você está organizando a oficina remotamente, uma ferramenta de quadro branco digital interativo como o Lucidspark pode incentivar a colaboração visual em tempo real, independentemente da localização geográfica dos membros de sua equipe.
Comece a oficina com uma atividade de aquecimento
Você não iniciaria um treino longo ou pesado sem fazer um aquecimento e alongamento adequados, não é? O mesmo vale para preparar sua equipe para uma oficina prática e colaborativa de Design Thinking. Recomendamos fazer jogos de palavras, sessões rápidas de improvisação, como a mímica, ou pedir para os participantes apresentarem uma ideia e solução extravagantes.
Outra sugestão: peça para todos escreverem, ao mesmo tempo, seu nome completo com ambas as mãos e em direções opostas, para ativar o lado esquerdo lógico e o direito criativo do cérebro. Nenhum desses exercícios tem muito valor, mas o aquecimento criativo vai preparar sua equipe para a intensidade da reunião.
Faça anotações ao longo de toda a oficina
Encarregue alguém de tomar notas e tirar fotos durante toda a oficina, sem distrair os participantes. Esse registro será um tipo de "controle de versão" da reunião que poderá ser acessado a qualquer momento. Você também pode compartilhar as fotos com a equipe para lembrá-la das abordagens colaborativas do Design Thinking que os participantes podem incorporar em seus trabalhos cotidianos.
Separe um momento para a observação
No final da oficina, dedique um tempo para a observação para rever o processo, avaliar o andamento e parabenizar a todos pela sessão bem-feita.
Depois de apresentar os princípios do Design Thinking para a sua equipe, você poderá realizar oficinas sempre que descobrir um novo problema. O resultado será uma abordagem mais colaborativa e criativa para resolver problemas, e sua equipe estará superenvolvida no processo.
Junte toda sua equipe no Lucidspark para realizar sua própria oficina de Design Thinking.
Comece hoje mesmoSobre: Lucidspark
O Lucidspark, um quadro branco virtual que roda na nuvem, é um componente central da Suíte de colaboração visual da Lucid Software. Essa tela digital de última geração reúne equipes para fazer brainstorming, colaborar e consolidar o pensamento coletivo e produzir resoluções práticas, tudo em tempo real. A Lucid tem orgulho de atender às principais empresas de todo o mundo, incluindo clientes como Google, GE e NBC Universal, e 99% das empresas da Fortune 500. A Lucid faz parceria com líderes do setor, como Google, Atlassian e Microsoft. Desde a inauguração, a Lucid recebeu vários prêmios por seus produtos e negócios e pela cultura no local de trabalho. Veja mais informações em lucidspark.com.