O que é modelo VRIO e como usá-lo para identificar vantagens competitivas
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Nenhum negócio opera no vácuo — sempre há concorrência. E, naturalmente, você vai querer ter uma vantagem nessa competição. Vantagem competitiva, ou a forma como sua empresa se sai em relação aos concorrentes, é um fator chave para o sucesso (ou fracasso) do seu negócio. Então, como você determina a posição competitiva da sua empresa?
Com vocês, o modelo VRIO.
VRIO é uma abordagem estruturada para análise de vantagem competitiva. Basicamente, a análise VRIO ajuda você e sua equipe a identificar e avaliar recursos. Ao final do processo, você saberá quais são seus recursos, o quão bem você os está usando e se eles oferecem vantagem competitiva.
Neste post, apresentaremos os fundamentos do modelo VRIO e forneceremos as habilidades e os conhecimentos necessários para você avaliar seus recursos.
O que é modelo VRIO?
Mesmo que esta seja a primeira vez que você ouve falar da análise VRIO, provavelmente já percebeu que VRIO é um acrônimo. (As letras maiúsculas entregam, não é?) Cada letra corresponde a um aspecto dos recursos que você avaliará.
As quatro partes da análise VRIO são: valor, raridade, imitabilidade e organização.
Se um recurso atende a cada um desses critérios, ele dá à sua empresa uma vantagem competitiva sustentável. Mas falaremos mais sobre isso depois. Vamos conferir mais de perto o que cada parte de VRIO significa:
Valor: para determinar o valor de um recurso, faça a si mesmo as seguintes perguntas:
- Esse recurso ajuda nossa empresa a aproveitar alguma oportunidade de mercado?
- Ele ajuda a proteger nossa empresa de ameaças de mercado?
- Esse recurso nos torna mais chamativos para os clientes?
Se você respondeu sim a qualquer uma dessas perguntas, o recurso tem valor.
Raridade: esse é bastante autoexplicativo. Um recurso é considerado raro se poucas empresas tiverem acesso a ele. É importante observar que um recurso geralmente é raro por um período finito de tempo - em algum momento, outras empresas vão capturar e copiar esse recurso.
É por isso que é importante avaliar seus recursos com frequência. Se você tem um recurso raro em suas mãos, deve aproveitar essa vantagem enquanto a tem. O tempo não para — aproveite ao máximo os recursos raros enquanto pode!
Imitabilidade: você se lembra de quando dissemos que recursos raros são raros até que outros os copiem? E se esses recursos fossem difíceis de serem copiados? Isso poderia prolongar as vantagens que esses recursos oferecem a você.
Isso nos leva à terceira parte da análise VRIO: qual é o grau de dificuldade para copiar o recurso? Fatores a serem considerados são custo, marcas registradas e patentes. Se um recurso é caro para adquirir ou protegido por uma patente, é considerado difícil de copiar.
Organização: então você identificou um recurso valioso, raro e difícil de imitar. E agora? Nada disso importa se sua empresa não estiver organizada de forma a permitir que você use esse recurso.
Para extrair o máximo de seus recursos, sua empresa deve ter sistemas, processos e estrutura de gerenciamento claros. Fazer uso de um recurso pode exigir ajustes nos projetos e iniciativas existentes. A cultura da sua empresa valoriza a flexibilidade e a propriedade? Caso contrário, você pode identificar recursos e não conseguir usá-los.
Como usar o modelo VRIO
Agora que você entende cada elemento da sigla VRIO, vamos dar uma olhada no modelo VRIO na prática: como você realmente usa a análise VRIO para identificar e explorar a vantagem competitiva?
Há três etapas para o processo: definir, categorizar e analisar. Exploraremos cada uma delas na seção seguinte.
Antes de se aprofundar nessas etapas, você precisará de uma lista de recursos para avaliar. Reúna uma equipe de vários setores de sua empresa e faça uma reunião de brainstorming. Juntos, vocês devem conseguir criar uma lista dos recursos da sua empresa.
(Está travado? À medida que você e seus colegas debatem os recursos da empresa, a análise SWOT pode ser útil. Por sorte, temos uma publicação no blog sobre esse assunto para ajudar você a começar!)
Com sua lista de recursos em mãos, você está pronto para ir fundo na matriz VRIO.
1. Definir recursos
Os recursos normalmente se enquadram em uma das quatro categorias: financeira, humana, material ou não material. Antes de aplicar o modelo VRIO, você deve determinar em qual categoria cada recurso se enquadra.
Para ajudar no processo, explicamos cada tipo de recurso abaixo:
- Financeiro: de forma simplificada, os recursos financeiros se referem ao capital — o dinheiro que sua empresa tem à sua disposição. (Esse capital não precisa ser dinheiro vivo. Pode ser de ações ou títulos, por exemplo.)
- Humano: recursos humanos são os recursos que seus funcionários trazem para a empresa, ou seja, conhecimento e habilidades.
- Material: recursos materiais são os recursos físicos e tangíveis que sua empresa possui. Eles podem ser instalações, equipamentos e materiais. (Observação: os recursos materiais tendem a ser os mais fáceis de imitar. Se uma empresa tiver capital, eles podem simplesmente comprar as instalações e os materiais necessários.)
- Não material: recursos não materiais podem ser desde propriedade intelectual (como patentes) até o reconhecimento da marca entre os clientes.
2. Categorizar os recursos
Agora que você definiu seus recursos, é hora de colocar cada um deles no modelo VRIO. No final do processo, você terá rotulado cada recurso como paridade competitiva, vantagem competitiva temporária, vantagem competitiva não utilizada ou vantagem competitiva de longo prazo.
Pense na VRIO como uma série de perguntas a serem feitas sobre cada recurso:
- Primeiro, ele é valioso? Se sim, vá para a próxima pergunta.
- É raro? Se você respondeu sim novamente, passe para a próxima pergunta. Se você respondeu que não, esse recurso oferece paridade competitiva, mas não vantagem.
- Então seu recurso é valioso e raro. Mas é difícil de ser imitado? Se sim, (já sacou, né?) pode passar para a última pergunta. Se você respondeu que não, o recurso dá à sua empresa uma vantagem competitiva temporária.
- E, finalmente, sua empresa está organizada para usar esse recurso? Se sim, esse recurso oferece à sua empresa uma vantagem competitiva a longo prazo. Se você respondeu que não, pode ser categorizado como uma vantagem competitiva não utilizada.
3. Analisar os recursos
Você definiu e categorizou seus recursos. E agora? Esses dois primeiros passos são inúteis sem análise. Você precisa examinar os resultados e transformar os dados em ação.
Seu objetivo é identificar recursos que podem ser desenvolvidos para uma vantagem competitiva. Em outras palavras, quais recursos podem ser retirados da categoria atual para uma mais elevada?
O ponto de partida deve ser óbvio: você tem algum recurso na categoria de vantagem competitiva não utilizada? Para transformá-los em vantagens competitivas de longo prazo, tudo o que você precisa fazer é organizar sua empresa para utilizá-los.
É mais fácil falar do que fazer, certo? As etapas exatas para transformar uma vantagem competitiva não utilizada em uma vantagem de longo prazo mudarão dependendo do recurso. Mas isto é sempre verdade: para usar esses recursos, você precisará desenvolver uma estratégia de negócios que leve cada uma em consideração.
Isso não vai acontecer da noite para o dia. Reúna-se com partes interessadas e equipes em toda a empresa para criar uma estratégia informada e realista para capturar todos os seus recursos.
O modelo VRIO é uma ótima ferramenta para análise interna — e a análise interna é um ótimo ponto para começar! Mas lembre-se, a concorrência está por aí: para realmente ser competitivo em seu mercado, você precisará analisar os negócios deles também. Com vocês, a análise SWOT. Depois de usar a análise VRIO em sua própria empresa, tente usar a análise SWOT para ver como você se compara aos concorrentes!
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